sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O último dia de Manuele Scrinp




Sentada na minha cadeira de madeira,
Com o meu vestido negro embutido,
Com um olhar maligno,
Eu continuo seguindo...
Ouvindo músicas sombrias,
Lendo Anton LaVy,
Assistindo aos shows de Marilyn Manson,
Eu continuo seguindo...
Disse que ia ficar comigo para sempre,
Mas não ficou.
Estou pondo sua cabeça em meu colo,
Você está completamente morto,
E não foi de um câncer que partiu...
Ouço a tua voz em meio a ruídos,
Choro em você meu bem.
Ponho rosas em teu rosto,
E me despeço em lágrimas.
Ai, quando você vai voltar?
Esta escuridão me assusta,
Esta falta tua me amedronta,
Mesmo assim, eu continuo seguindo...
Estou muito doente,
Tenho mente doente,
Meus pensamentos doentes,
Assustam familiares e amigos.
Meu cigarro está me matando,
Minha bebida está me destruindo,
Vejo as lágrimas em meu rosto,
Caio feito elas,
E agora já não sei por onde seguir.
Tentei encontrar você de todas as formas,
Mas só morrendo o viria,
Por isso parei de viver.

Jogo



Em um lugar deserto,
Imaginando um segredo,
Escondida entre as margens,
Tocando minha canção secreta,
No meu piano favorito.
O céu tem gosto de mar,
O vento tem cheiro de jasmim,
E minha boca tem gosto de lágrimas.
“aff” conte-me um mistério revolucionário,
Ou você acha que uma vadia não tem direito, a saber?
E eu estou morrendo de desgosto.
Será que um homem podre feito você não percebe?
Não percebe o meu plano imperfeito?
Tô tocando minha canção secreta,
No meu piano favorito.
“aff” conte-me um mistério revolucionário.
Ou você acha que uma vadia não tem direito, a saber?
Toque de vez em quando o sino.
O céu tem gosto do mar,
O vento tem cheiro de jasmim.
E eu me escondo por entre o capim,
Para cantar a minha canção secreta,
No meu piano favorito.
“aff” conte-me um mistério revolucionário,
Ou você acha que uma vadia não tem direito, a saber?
E eu estou morrendo de desgosto.
Mas canto minha canção secreta,
No meu piano favorito.
Preste atenção em mim,
Eu estou cantando,
E é para você!
Nunca prestou atenção em uma vadia podre?
Pois me veja,
Olhe pela ultima vez em meus puros olhos,
Sabemos que nós dois não valemos grandes coisas.
“aff” conte-me um segredo revolucionário.
Ou você acha que uma vadia não tem direito, a saber?
O céu tem gosto do mar,
E o vento tem cheiro de jasmim.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Fiel á morte




Ele morreu jovem e bonito,
Morreu gostando de seu copo de gin.
Ele morreu admirando meus olhos,
Seu ultimo beijo foi molhado.
Agora ele estar branco e gelado,
Inanimado em cima desta cama.
Eu fui até o meu espelho,
Penteei meus cabelos,
Logo voltei para a cama para cantar
Uma ou duas canções para ele.
Sei que no fundo de sua alma,
Essa canção penetrou fortemente.
Estou cheia de serpentes,
Moscas em mim aparecem,
Mas não estão atrás de mim,
E sim do cheiro do meu amado.


Eu o cortei feito um legume podre,
O vi sendo crucificado,
Essa foi sua própria morte,
Que eu a cometi.
Observo o mar e como Ele desaparece.
Entre as aguas ele permanece,
E nunca mais vai voltar.
É um frio perturbador e prospero.
Tem tanta água em mim,
Morro afogada com minhas próprias lágrimas,
Morro entediada com a morte do meu amado.
Eu era sua rapariga,
Eu era sua vadia,
Ele era meu homem.
Eu o matei,
O deixei tomando seu gin.
Seu limpo cheiro estar em meu corpo
Seu podre sangue escorre entre meus dedos
E eu me esqueci de usar a luva negra,
Mas não faz mal, eu sou o próprio.
Estou cheia de serpentes,
Moscas em mim aparecem,
Mas não estão atrás de mim,
E sim do cheiro do meu amado.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Hino nacional





Em meio ás comemorações,
Eu canto e grito o teu nome.
Meu cabelo cai sob meu rosto,
E as minhas lágrimas escorrem feito um lírio.
Eu gosto de hip-hop,
Ele curte jazz,
Eu fumo charutos,
Ele cheira ervas,
Eu bebo conhaque,
Ele bebe gin.
Eu canto em seu ouvido o hino nacional.
Vivemos em um país onde as drogas são proibidas,
Mas juntos violamos as leis.
Sinta-me no clarão,
Sua mão esta vazia.
Sinta este meu cheiro fúnebre.
A luz é pura repugnância,
E juntos saímos rumo á um destino miserável.
De repente toco nas mãos do Cristo,
Mas vagarosamente vou ás soltando,
E saiu cantando o hino nacional.
Vejo o inferno em minha frente,
É um lugar magnifico.
O Diabo é muito mais interessante.
Meu amado ficou para traz,
Mas o cristo estava lá também. 
E por ele, eu também me senti atraída.
E no inferno todos nós cantamos,
O hino nacional americano.